Para quem tem uma semana de férias, não está disposto a gastar muito dinheiro, gosta de praia, montanha, deserto, medinas e regatear preços por tudo e mais alguma coisa... aqui fica a sugestão: Marrocos! De Murça até Algeciras (Sul de Espanha), com umas paragens turísticas por Portugal foram uns 1000 km. O circuito em super skoda por Marrocos foi pouco mais de 2000 km... São uns poucos de quilómetros para uma semana, mas garanto que vale a pena.
Apesar de terem sido uma férias completamente não programadas (tal como sempre acontece) tudo correu extraordinariamente bem... Claro está, houve só um pequeno senão e, desde já, fica aqui o aviso para quem tem planos de fazer a mesma viagem. No porto de Algeciras há imensas companhias a vender bilhetes para Ceuta e Tanger... Assim, felizes com os bilhetes na mão, qual não foi o espanto que afinal do outro lado não era Tanger... restavam ainda uns 50 km para lá chegar... Não é muito grave para quem viaja de carro... mas para quem planeia fazer de barco, convêm perguntar bem onde o barco atraca do lado africano!
Chegados a Tanger, Marrocos começa a surpreender. A marginal com centenas de pessoas, hotéis por todo o lado com preços para todas as bolsas, carros top, gente e mais gente... Como o nosso orçamento não nos permitia tais luxos, lá fomos nós directamente para a medina em busca dos famosos Riads ou coisa do género. Bingo, não demorou mais de 5 minutos a arranjar um lugar bom, barato com estilo bem marroquino!
De Tanger descemos junto à costa com rumo a Mohammedia, situada entre a capital Rabat e a gigantesca Casablanca, com paragens em várias praias. Não tínhamos ideia de parar em Rabat e Casablanca, mas depois de termos o previlégio de experimentar o trânsito caótico de Tânger, tivemos a certeza que não era local para entrar! Mohammedia é mais um destino turístico para amantes de praia, mas para nossa surpresa, foi mesmo a corrida de cavalos que nos despertou a atenção! Só assistimos aos treinos, mas mesmo assim foi coisa digna de se ver.
Próxima paragem e última junto ao Atlântico seria então El Jadida (mais uma vez um trânsito só para amantes do caos, com muito burro e carroça à mistura). Tal como em muitos locais por Marrocos, também os portugueses por aqui passaram. Desta vez e bem impressionante foi a visita à Cisterna Portuguesa, dentro do forte também construído por tugas. Aqui, tivemos a única experiência de comer em restaurante português... Bem, português era só mesmo o nome, lá dentro o menu tinha apenas o típico do mais típico de gastronomia Marroquina: Tagine e couscous!
A todo o vapor saímos do trânsito louco e das praias congestionadas de El Jadida com rumo a Marrakesh. Aqui foi o único local onde ficamos duas noites, já um pouco cansados de tanto km desde Tãnger. Valeu a pena! Na medina tudo se pode encontrar... e regatear! Candeeiros, carpetes, brincos, bolsas, malas, lenços e calçado acho que é o forte... mas há muito muito mais sem dúvida! GPS não é necessário por aqui... um labirinto autêntico. Não vale a pena ter destino... é só andar à deriva.
Mesquitas e palácios estão por todo o lado! Sugestão: regatear um passeio de cavalo para ver alguns pontos de interesse em redor de Marrakesh!
A dança das cobras a sair do cesto é outra das atracções... Parece perigoso, mas nem tanto. Segundo nos explicaram mais tarde, o veneno é retirado antes destas danças! Sendo assim, não tenham medo. Aproximem-se!!